Itanhaém tem praias muito diferentes entre si, ainda que próximas:
muito verde, águas limpas, pedras e cenários deslumbrantes.
Frequento a praia do Cibratel pela comodidade. Perto
de casa, é servida por quiosques em toda a sua extensão: música ao vivo,
karaokê, petiscos, pratos, frutos do mar, batidas, coco verde, mesas,
guarda-sóis e o mais que possa diferenciar os serviços e atrair clientes. Ao
gosto do freguês.
Em Itanhaém há morros pra todo
lado, pedras e piscinas naturais. E verde, muito verde (o Cibratel não é exceção):
coqueiros, árvores floridas, pinheiros, jardins e, claro, vegetação nativa,
para proteção dos ninhos da coruja buraqueira, a queridinha da cidade
(saiba mais acessando
Já vi gente de fora se referir à vegetação como "mato":
"Ai, que horror esse mato! Odeio!"
A gente, aqui, adora. Adora, protege, cerca, bota plaquinha, tira
foto, não pisa e olha feio para quem pisa. Porque pode estar matando nossas (de
todo mundo) corujas e seus filhotes.
Voltando às praias: no sentido
do Centro vem, então, a Praia dos Sonhos, com alguns quiosques na ponta,
muitos restaurantes - alguns, divinos - e várias opções de compras em
estabelecimentos na avenida que a margeia. Nela e no Centro há prédios, que não
encontramos em toda Itanhaém (Amém!!!).
Abrindo a praia dos Pescadores e fazendo divisa com a dos Sonhos, a estátua Mulheres de Areia e a Ilha das Cabras.
Na avenida, bem no comecinho da
praia, o restaurante de frutos do mar Tia Lena e a Praça do Pescado. Se é
a "Praia dos Pescadores", tem pescadores e eles devem descarregar os barcos em algum lugar,
concorda?
O Tia Lena serve ostras abertas na hora na rua, com direito a sal, limão e molho de soja, bem baratinho (R$ 2,00 cada) e você pode
comer ostras, caranguejo, pratos
de camarão ou peixe nas bancas ou no restaurante ou, se preferir, comprar, é claro, pescado. Entre o mar e a sacola,
só os barcos dos pescadores e as barraquinhas.
A Praia dos Pescadores,
intermediária entre a Dos Sonhos e a Da Saudade, é intermediária, também, no
quesito serviços e natureza.
Toque peculiar que encontrei na
Praia dos Pescadores são os barcos (muitos) de cores vivas e nomes pitorescos,
surfistas (também muitos) e algumas barraquinhas improvisadas (poucas),
cuidadas pelos mesmos surfistas: uns vão surfar enquanto outros tomam conta.
SOPHIA SURFA. OU QUASE ISSO.
Praia
boa para o surf, foi a Sophia brincar de surfar, com ares de dona da praia.
Aqui está ela em casa.
Depois
de brincar um pouco na água, fui caminhar e explorar mais além. Como estamos na
outra ponta da praia, vou conhecer o finalzinho. Valeu a pena.
Casas arejadas e estilosas, integradas ao ambiente, o morro logo atrás;
um abrigo especial, de "telhado", folhas de coqueiro não trabalhadas,
só jogadas por cima. Sentar? Nos troncos.
CAPELINHA
Outros passos e estava no
Restaurante Capelinha. Matei a curiosidade (o que é aquilo colorido?) e descobri um lugar descolado para almoçar ou petiscar.
Agradável, de frente
para o mar, ampla varanda e cores fortes, vivas. Atrás, o Morro Sapucaitava
emoldura o vermelho, que berra, grita, marca a paisagem.
Aprecio,
aprecio e não resisto: fotografo o cardápio, que exibe preços acessíveis. Com
certeza, os peixes vêm direto das redes. Fresquinhos.
PRATO EXECUTIVO R$
10,00: strogonoff de frango, carne ou suíno; filé de frango grelhado; sardinha
empanada; linguiça toscana. MOQUECA: 1 pessoa, R$ 15,00; 2 pessoas, R$ 25,00.
FILÉ DE PESCADA COM MOLHO DE CAMARÃO: 1 pessoa, R$ 18,00; 2 pessoas, R$ 30,00. Vegetariano, R$ 12,00. Salada com acompanhamento. FRANGO
OU FILÉ DE PESCADA: R$ 20,00. COM BATATA OU OVO ACRESCENTAR + R$ 2,50.
GOSTOU? COMPARTILHE. NÃO GOSTOU? COMENTE. SEMPRE É POSSÍVEL MELHORAR
Fico firme diante da tentação e a água, que vem à boca: não vou estragar nossos planos: combinamos
preparar um risoto de camarão, bem caprichado.
Fica para outra vez. A exploração é minha, na companhia do aparelho celular-máquina fotográfica.
De todo modo, moramos aqui e não custa nada fazer mais de uma visita em cada lugar, sempre com calma - tão pertinho!
Isso porque em cada passeio descobrimos coisas novas,
sempre. Nem a Ilha das Cabras exploramos, ainda! E nem poderíamos, agora, com a
Sophia: são muitas pedras e é muito perigoso porque ela tem, só, três aninhos. O surf, por enquanto,
está de bom tamanho.
A CABANA
Continuo andando. Adiante, uma casa, "A Cabana" e um rapaz sentado nos degraus.
Não
me intimido e pergunto o que é ali. "Residência." O proprietário é
amigo e ele está ali visitando.
É, realmente, uma cabana. Rústica,
quase some em meio à vegetação abundante que a circunda em um abraço. Vegetação
sagrada e protegida por lei.
Imagino o morar ali, bem na pontinha da praia, a uns passos do mar
mas já na areia.
Tanto verde, tão perto de
tudo. Imagino o mar rugindo forte, as ondas quebrando nas pedras, à noite, em brados altos, cheios, o mar que, nas cheias, cobre a primeira rampa de escadas de madeira, de pau mesmo, rústica e
simples.
Tudo ali é essencial, básico. Se não mais, tampouco menos, porque vai além: um pequeno pomar, verduras. Precisamos de mais do que isso?
PROJETO GUAIAMU
Ao lado, também a exigir o
olhar para cima - chamando tropicão ou torcicolo -, a casinha laranja e uma
tenda, identificadas: PROJETO
GUAIAMU.
Me aproximo mais e mais para tirar a foto caprichada.
Subo em algumas pedras e
consigo ler o escrito em letras menores: "Treinando,
Educando e Socializando". Vou
fotografando tudo, para reproduzir depois. Se não faço isso - ou escrevo -,
esqueço tudo.
"PROJETO GUAIAMU. JIU-JITSU.
RESPEITO, ORGANIZAÇÃO, FORMAÇÃO DE CARÁTER".
E mais outra:
"VOCÊ
NÃO SABE A FORÇA QUE TEM, ATÉ QUE SUA ÚNICA ALTERNATIVA É SER FORTE. PROJETO
GUAIAMU. RESPEITO, ORGANIZAÇÃO, FORMAÇÃO DE CARÁTER".
Fiquei curiosa: uma ONG?
Pesquiso
na internet e encontro a página do Facebook:
"Projeto Guaiamu tem como objetivo em manter o núcleo de ensino de Jiu
Jitsu para formação de atletas profissionais . OSS";
"Tente a sua sorte! A vida é feita de
oportunidades. O homem que vai mais longe é quase sempre aquele que tem coragem
de arriscar. Osss";
"Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a
escada. Apenas dê o primeiro passo. Martin Luther King";
"Quando alguém encontra seu caminho
precisa ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as
derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar a
estrada."
"Encontra ânimo na dor e no desafio. Nesta
vida só nos são colocados à frente os obstáculos que somos capazes de
ultrapassar."
Claro, curti.
Um pouco
mais de Google e na página https://storify.com/lmtconsultoria/um-projeto-para-ninguem-ficar-parado descubro:
"Um projeto
para ninguém ficar parado. O Projeto Guaiamu é uma iniciativa da LMT
Consultoria e a Prefeitura de Itanhaém, visando ajudar a população carente de
Itanhaém."; "O projeto Guaiamu tem como objetivo incentivar o
esporte entre os jovens da cidade. Essa iniciativa engloba jiu jitsu, surf e
futebol de areia, além de ações sociais."; "A escola Ecosurfi de Itanhaém promove junto com o
projeto Guaiamu atividades sustentáveis nas praias, em prol de uma
cidade melhor e mais limpa. Como mostra o video."
Ecosurf lemos na placa do caminho,
encimando lixeiras, feita de uma prancha de surf azul. Clareou um pouco
mais.
Muitas
fotos, cá e lá, relatos, depoimentos. Gostei. Há mais a conhecer, que ficará
para depois, também. Há tempo. A prioridade de hoje é a Sophia e companhia
bela.
Ela cresce e o tempo passa
muito rapidamente. Voa e não deixa espaço para deslizes. Hoje é dia de Sophia
surfar, brincar na areia, correr no gramado e comer fruta do pé, sorvete e
risoto de camarão.
Curto um pouco mais
minha família, e seguimos até a outra ponta da praia, na direção da estátua
Mulheres de Areia, que merece matéria à parte (a novela foi gravada em
Itanhaém).
Comemos ostras,
compramos os camarões: imensos, para cobrir o prato; grandes, apenas, para o
risoto propriamente dito.
Para sair da praia, a certeza de
que não voltaríamos no mesmo dia. Sophia embirra. O tempo estava lindo, como
não?
À tarde, fechou. Se os
céus não desabaram, a garoinha atrapalhou o retorno às águas. Sem
problema. Nos divertimos em casa, mesmo.
E valeu a pena: pela manhã
maravilhosa, pela companhia, pelas descobertas.
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Maria da Gloria
Perez Delgado Sanches
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