
terreno vizinho ao meu, regateou um pouco para conseguir abatimento e perdeu a chance: terceiro rapidinho cobriu a oferta.
Quando ainda morava em São Paulo e descia todos os finais de semana, checava de onde era a placa dos carros. O propósito? Pura bobagem: "Tanta gente querendo um lugar na praia e eu, logo, logo, estarei morando no meu paraíso."
De lugares dos quais jamais ouvi falar vinha turistas: campineiros, aos montes, chapas tanto de todas as regiões de nosso estado como dos estados vizinhos: só daqui, além da grande São Paulo e da já citada Campinas, Franca, Sorocaba, Piracicaba, São Carlos, Garça, Marília, Assis, Andradina, São José do Rio Preto, Franca, Ribeirão Preto, Araraquara, Fernandópolis, Botucatu, Ourinhos, Presidente Prudente e mais outros além da conta). Automóveis de Guaratinguetá e Lorena, tão pertinho do Rio de Janeiro, dando um olá para as nossas areias.


Vejo o amor de cada um se revelando no capricho com que cuidam dos jardins, das calçadas, das praias, dão um toque único e pessoal ao imóvel: vasos, esculturas, numeração, jardins, piscinas, árvores, decoração.
A cidade cresceu muito nos últimos anos. Há um comércio pujante, uma grande rede de abastecimento (vários unidades dos supermercados Extra, Saito, Dia, Krill etc.) e muitos bancos: Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, HSBC.

A gastronomia da cidade não se resume à marca famosa. Há uma infinidade de lanchonetes e restaurantes que servem todos os gostos. Dos conhecidos e que me lembro posso mencionar Habibs e Giraffas. No entanto, há fartura na oferta do quesito alimentação: comida mexicana, japonesa, frutos do mar, espanhola, italiana, árabe, panquecas, pizzarias.
A grande e encantadora praça, no centro histórico e típico da mais encantadora cidade do interior, oferece tantas opções que é difícil escolher.

A cada ano muitas lojas são inauguradas, nos mais diversos seguimentos: perfumarias, colchões, móveis, artesanato, farmácias, acompanhadas por novos escritórios, consultórios: médicos, advogados, arquitetos. É muita gente apostando na cidade e na melhor qualidade de vida.
Os proprietários dos quiosques que mais frequento vieram do interior; um deles de São Carlos, que por muito tempo descia a serra a cada final de semana. Do Ipiranga o dono de uma pizzaria, que depois de se dividir durante alguns anos entre a casa de São Paulo e a daqui, optou por esta e fechou a paulistana.
Tanto o centro (o novo e o histórico) como os bairros recebem mais e mais empreendedores, gente que descobre o lugar, compra um imóvel para gozar das praias nos finais de semana e acaba se mudando, chamando a cidade de sua (como eu).

Eu, no meu paraíso, despensa cheia, vou ficar em casa, às voltas com os jardins, o pomar e os passarinhos, gozar da companhia das filhas, que vêm de longe me visitar. A praia está lá, a alguns passos, esperando por mim.
Aguardo o retorno dos turistas, que enchem os supermercados, restaurantes e lojas, a seus lugares de origem, torcendo para que eles compreendam que a viagem só é boa de verdade quando você respeita o lugar que o recebeu. Porque quem sabe amanhã você pode chamá-la de sua.
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