Da capital, já morei entre verde e bichos, na lida com animais e plantas: anos de injeção,
espinho de ouriço, berne, parto de égua e curva de nível, viveiros, mudas, onde
encontrei tempo para lecionar inglês, alfabetizar adultos e ler livros, na
solidão do mato.
Paixões se sucederam e convivem até hoje: Contabilidade, Economia,
Arquitetura (IMES, MACK), a chácara e, afinal, o Direito (FDSBC, cursos e pós
graduações). No Judiciário desde 2005, planto, replanto, reciclo, quebro
paredes, reconstruo, estudo, escrevo e poetizo, ao som de passarinhos, que
cantam nossa liberdade.
Não sou da cidade, tampouco do campo. Aprendiz, tento captar o que
a vida oferece, para que o amanhã seja melhor. Um mundo melhor, sempre.
Agora em uma cidade mágica, em uma casa mágica, na qual as coisas se
transformam e ganham vida; mais e mais vida. Minha cidade-praia-paraíso,
Itanhaém.
Nesta casa de espaços amplos e um belo quintal, que jamais é a mesma do
dia anterior, do minuto anterior (pois a natureza cuida do renovar a cada
instante o viço, as cores, flores, aromas e sabores) retomei o gosto pelo
verde, por releituras de espaços e coisas. Nela planto o que seja bom de comer
ou de ver (ou deixo plantado o que Deus me trouxe), colho, podo, cozinho os frutos da terra, preparo conservas e invento
pratos de combinações inusitadas, planejo, crio, invento, pinto e bordo...
sonho. As ideias brotam como os rebentos e a vida mostra-se viva, pulsante.
Aqui, em paz, retomo o fazer miniaturas, componho terrários que encantam, mensagens de carinho representadas em pequenas e delicadas obras.
Muito prazer! Fique à vontade, passeie um pouco: questões de Direito,
português, crônicas ("causos"), jardinagem e artesanato. Uma receita,
uma experiência nova, um redescobrir.
Pergunte, comente, critique, ok? A casa é sua e seu comentário será
sempre bem-vindo.
Maria da Gloria Perez Delgado Sanches
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